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Carlos Tavares, CEO da Stellantis, renunciou ao seu cargo com efeitos imediatos, anunciou a empresa este domingo. A decisão, tomada pelo Conselho de Administração, liderado por John Elkann, surpreende, embora a saída de Tavares estivesse prevista para 2026. Um comunicado oficial confirmou a aceitação da renúncia e anunciou a formação de uma comissão executiva interina, também presidida por Elkann, até à nomeação de um novo CEO permanente no primeiro semestre de 2025.
A Stellantis, que inclui marcas como Fiat, Peugeot, Citroën e Jeep, assegurou que o processo de sucessão está adiantado e que a orientação financeira para 2024 permanece inalterada. Henri de Castries, diretor independente sénior, explicou que divergências de opinião nas últimas semanas levaram à decisão conjunta do Conselho e de Tavares.
Elkann agradeceu publicamente o trabalho de Tavares na criação da Stellantis e no seu desenvolvimento, destacando o papel crucial do CEO na construção do grupo e na sua posição de liderança no mercado automóvel global. A fábrica de Mangualde, em Portugal, que registou um aumento de produção de 2,6% nos primeiros dez meses do ano e iniciou a produção em série de veículos elétricos em outubro, continua a operar normalmente.
A saída de Tavares marca um capítulo importante na história da Stellantis, abrindo caminho para uma nova liderança e para a continuação da estratégia da empresa, segundo assegura Elkann.